Você sabe o que é Estabilização Protetora e quando é necessário utilizá-la?
Nós odontopediatras lidamos, todos os dias, com sentimentos de medo e ansiedade, que são muito frequentes entre as crianças durante o tratamento odontológico, o que dificulta a realização dos procedimentos necessários. Embora sejamos profissionais altamente qualificados, instruídos e preparados para criar vínculos, ganhar a confiança da criança e da família, muitas vezes somos levados a optar pela estabilização da criança a fim de proporcionar um ambiente sem riscos durante o atendimento.
Nós só usamos esta técnica em situações em que há necessidade de um atendimento imediato e emergencial e não há tempo hábil para trabalhar com outros tipos de técnicas para que a criança fique mais calma e menos agitada. Nesses casos a estabilização protetora, em que se restringe a liberdade dos movimentos do paciente, ajuda a proteger e oferecer segurança para a criança, uma vez que qualquer movimento brusco durante os procedimentos odontológicos pode ser perigoso.
A estabilização protetora é realizada somente após a concordância e compreensão dos pais, que são importantes aliados do odontopediatra. Após terem todas as dúvidas esclarecidas e sentirem-se confiantes, seguros e confortáveis, eles assinam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), autorizando assim o procedimento.
Essa especialidade requer do profissional conhecimentos e habilidades que vão além dos procedimentos odontológicos rotineiros em adultos. Jamais deixamos de lado a sensibilidade, compreensão e preocupação com a segurança e bem-estar dos nossos pequenos pacientes.
Aqui na Clínica a Estabilização é feita pelos familiares, pessoas responsáveis pelo paciente, técnicas e auxiliares de dentistas, na maioria das vezes. Jamais, sem a autorização dos pais!
Aqueles, que são contra esta Estabilização, assunto recorrente entre psiquiatras, psicólogos e também aos que apoiam o atendimento Neuro Compatível me respondam:
Sendo contra a estabilização, o que vocês sugerem que façamos, por exemplo, com uma criança de 2 anos, que caiu na escola e avulsionou os dentes? A criança já chegou assustada, precisa ser anestesiada e o procedimento deve ser feito de emergência. E aí? O que vocês propõe?
Gostaria de lembrá-los que nós dentistas trabalhamos com instrumentos perfurocortantes, rotatórios, são instrumentos que cortam...Enfim...Materiais e instrumentais passíveis de uso seguro, quando o paciente está estável na cadeira. Movimentos são perigosos para a criança, além de atrapalharem o processo. Aos que são contra, pensem nisso!
Aproveitem e contem aqui as experiências que vocês já tiveram....E deem suas opiniões levando minhas considerações reais citadas. O que vocês escolhem???? Aceitamos o debate!