O mau hálito sempre foi e, ainda, é um obstáculo na hora de manter um relacionamento com as pessoas. Esse problema, que pode ser tratado, influencia o indivíduo de tal forma que o mesmo pode buscar o isolamento.
A seguir vamos falar sobre a halitose e o seu tratamento.
“A halitose não é considerada uma doença em si, mas uma alteração do odor oral, indicando um desequilíbrio local ou sistêmico que precisa ser diagnosticado e tratado” ( Uliana et al., 2002).
De acordo com a Sociedade Internacional para Pesquisa do Mau Odor Bucal, classificou-se a halitose em três categorias: genuína, pseudo-halitose e halitofobia.
É quando a pessoa tem o mau odor bucal acima do aceito socialmente. Este nível possui dois grupos: halitose fisiológica e a patológica.
- Halitose patológica bucal: “é causada por doenças, condições patológicas ou más funções dos tecidos orais. As causas mais frequentes são: má higiene bucal, saburra lingual ( modificada por alterações patológicas), cárie dentária, doença periodontal, estomatite ( com ulceração ), GUNA ( gengivite ulcerativa necrosante aguda), ferida cirúrgica, restos radiculares, pericoronarite ( inflamação que afeta o tecido mole que recobre a coroa de um dente), xerostomia (secura excessiva da boca) e carcinoma” ( Bussadori, Sandra Kalil, 2012 );
- Halitose patológica extrabucal: “pode ser proveniente de — vias respiratórias, trato digestivo, alterações hepáticas, alterações renais, regimes alimentares, desidratação, estresse, menstruação, diabetes, trimetilaminúria ( síndrome de odor de peixe), de pele, mucosas, medicamentos e hábitos ( fumo, drogas, álcool)” — ( Bussadori, Sandra Kalil, 2012 ).
Pseudo-halitose
É quando a pessoa acha que está com mau hálito, mesmo estando sem.
Halitofobia
Nesse caso, não há evidência da halitose estar presente. Entretanto, após o tratamento, o paciente persiste acreditando ter mau hálito.
Ainda pode ser considerada como um distúrbio dismórfico do corpo, ( relacionado com o sistema nervoso central, mas também tem influência cultural, onde a aparência física é muito valorizada).
Outras ocorrências psicológicas são observadas como — escovação dentária compulsiva e abandono de atividades sociais.
“A halitose tem caráter multifatorial, portanto, requer avaliações e tratamentos multidisciplinares que envolvam Odontologia, Medicina, Psicologia e Nutrição. Em todos os casos, o acompanhamento profissional odontológico é imprescindível” ( Bussadori, Sandra Kalil, 2012 ).
É preciso esclarecer que o tratamento da halitose que oferecemos tem base científica, uma das opções é a terapia fotodinâmica ( reação fotoquímica associada a uma substância fotossensibilizante, uma fonte de luz e oxigênio). Também vale ressaltar, a importância da cooperação em consultas e no tratamento indicado para obter um bom resultado.
A prevenção é o melhor remédio, por isso, fazer uma avaliação com seu dentista a cada seis meses é importante, assim o tratamento pode ser realizado logo no início.
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BUSSADORI, Sandra kalil; MASUDA, Milton. Manual de Odontohebiatria. 2 Ed. São Paulo: Santos, 2012.